Adicione sempre no seu coração o verbo amar. Autora:Iza*Bel Marques


sábado, 5 de fevereiro de 2011

Iza*Bel Marques

 
 
 
Pintei meu rôsto da cor das papoilas
no suor da meia tarde, deu-me gozo
e prazer, ver minhas faces rosadas,
como se fosse o Sol a nascer,
ao romper da madrugada, na jovialidade
dos meus verdes anos, apreciando
o crescer das searas de trigo, no campo
dos sonhos realizados, amadurecidos
no seio da Primavera e assimetrados,
no Verão caloroso a restolhar,
nos meus ouvidos, a ceifa por entre
o murmúrio da água fresca da fonte,
bebida a golfejos; tilintando na garganta
de quem trabalha a terra, com sabor
a cortiça e argila, provente do cocharro,
barril ou bilha de barro, contendo
a frescura dos veios submersos da terra,
nos campos da Natureza, aonde
se construiram fortalezas e castelos,
recheados de medos, por entre o sorriso
do trigo e das papoilas, na juventude
do meu tempo, ora adormecidos,
na censurada mas persistente vontade
de acordar. Choram nos braços da terra
memórias daqueles que se dedicaram de alma
e coração a produtivas searas, que o tempo
vai levando ao mesmo tempo que arrasta
resteas de sementes, na cor viçosa do caule
e do rosto bem rosado, das papoilas
que continuam a germinar, renascendo-lhes
sempre um sorrir de esperança, em tantos
campos, ao abandono nas Terras do meu País!

by Iza*Bel Marques

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Iza*Bel Marques Fernandez